Uma equipe de pesquisadores descobriu uma maneira de gerar eletricidade à noite utilizando os mesmos dispositivos usados para detecção de infravermelho, que funciona como um painel solar, só que no escuro.
Para isso, os cientistas da Universidade de New South Wales (UNSW) detalham um novo uso para o chamado diodo termorradiativo que é feito do mesmo material dos óculos de visão noturna. Embora comercialmente disponíveis e normalmente usados para fins de imagem, esses dispositivos também conseguem gerar energia a partir do calor emitido através da luz infravermelha. O resultado é uma contrapartida noturna da célula fotovoltaica que funciona na direção oposta.
O sol emite energia para a Terra via radiação solar e a Terra emite energia de volta à atmosfera à noite na forma de radiação infravermelha. Estes são comprimentos de onda tipicamente nus ao olho humano, mas podem ser sentidos como calor na pele e são possíveis de capturar via câmera infravermelha.
Os cientistas já exploraram essa ideia antes, chegando a criar um dispositivo de US$ 30 que fica no chão, de frente para o céu noturno, gerando uma pequena quantidade de corrente. Mas é a primeira vez que esse efeito foi medido com precisão, dizem os pesquisadores. A equipe testou o dispositivo em um diferencial de temperatura de 12,5°C em um fotodiodo emitindo perto de 4,7 micrômetros de radiação infravermelha e gerou 2,26 megawatts por metro quadrado, um volume que eles preveem que pode aumentar para até 19,4 megawatts por metro quadrado sob diferentes condições.
Futuramente, esses dispositivos podem ser úteis para gerar energia em satélites, por exemplo.
O futuro, hoje! Esse é o nosso propósito, trazer a você um vislumbre sobre as transformações e os impactos sociais da tecnologia para o amanhã, o Momento2.
Conecte-se
Alguns Assuntos