Samuel Sánchez, químico do Instituto de Bioengenharia da Catalunha, em Barcelona, começou a pensar se nanorrobôs poderiam transportar cargas úteis em nosso corpo, como medicamentos contra câncer, antibióticos etc.
Foi com esse pensamento que ele conseguiu fazer com que os nanorrobôs tratassem feridas.
Em pesquisa publicada no final de abril, a equipe carregou nanorrobôs de sílica com antibióticos experimentais para tratar feridas infectadas em camundongos. Os nanorrobôs, que foram jogados em uma extremidade de uma ferida infectada, percorreram toda a ferida, limpando a infecção.
Esse é um grande avanço porque as drogas normalmente dependem da difusão ou do processo de se espalhar passivamente pelos fluidos do corpo.
Antibióticos e quimioterapias são frequentemente moléculas pequenas e se movem conforme os caprichos de qualquer fluido em que estejam. Se você bombear ciprofloxacina nas veias de alguém para tratar uma infecção da corrente sanguínea, seu fluxo sanguíneo levará aquele antibiótico onde quer que ele precise ir. Mas e os germes escondidos no muco?
É por isso que essas drogas precisam de mini motores ou nanorrobôs.
O truque, diz Sánchez, é cobrir os bots com motores de forma assimétrica. O posicionamento irregular e desigual do motor permite que o bot se mova caoticamente para longe de seu ponto de partida, em vez de circulá-lo.
Os nanorrobôs também podem “sobreviver” em qualquer parte do corpo. A pesquisa provou que eles sabiam nadar. Em tubos de ensaio contendo ureia, os nanorrobôs atingiram velocidades de até 4 micrômetros por segundo.
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